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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Silêncio sem Inocência - A inclusão da criança abusada sexualmente - Gastão Ribeiro




O impacto do abuso sexual em crianças não é uniforme e pode variar de criança para criança. Estudos indicam que uma em cada oito crianças abusadas sexualmente acaba abusando de outras crianças quando se torna mais velha ou podem apresentar uma predisposição à dependência de drogas e de álcool e a problemas de saúde mental e psiquiátricos.

O modo como a criança percebe o abuso permite aos adultos entender porque ela encontra dificuldade em revelar o fato e por que algumas passam a abusar sexualmente de outras.

Os profissionais de saúde, mesmo mobilizados pela situação de violência, não devem deixar em segundo plano todas as medidas clínicas emergenciais cabíveis (por exemplo, fazer suturas ou administrar medicamentos para dor), mesmo que isto implique em atraso de outros procedimentos. O bem-estar da criança deve ser sempre valorizado. É importante avaliar o risco imediato de reincidência dos maus-tratos.

Algumas vezes cabe até mesmo indicar internação para avaliar melhor o caso, especialmente se há risco de morte em decorrência da revelação. Caso não seja viável internar, é importante identificar um familiar ou vizinho que possa ajudar. O Conselho Tutelar pode auxiliar na resolução imediata desses casos, porém também cabe à unidade de saúde apresentar alternativas. Todos os casos devem ser acompanhados (crianças e familiares), de preferência por equipe multiprofissional, mesmo após a notificação: as funções dos Conselhos Tutelares não substituem as da equipe de saúde.

É fundamental o trabalho de inclusão real desta criança no meio familiar e especialmente na escola, o abuso causa uma marca profunda, e é fundamental que o profissional de saúde faça uma inclusão verdadeira, para que esta marca não fique para sempre.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Projeto Trauma Infantil há 9 anos cuidando de crianças que sofreram traumas

Cap. I art. 6º - nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentando, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Lei (Nº8. 069,1990) do Estatuto da Criança e Adolescente:

O Projeto Trauma Infantil visa o tratamento de crianças e adolescentes portadores de traumas.

Muitas vezes o núcleo familiar, que deveria proteger a criança, se torna hostil para com ela resultando em abandono, maus-tratos, abusos sexuais e até a morte. Os maus-tratos através dos tempos são justificados como práticas e crenças religiosas, motivos disciplinares, educacionais e até mesmo com fins econômicos.

As crianças que sofrem maus tratos sofrem de uma patologia denominada de Transtorno de Estresse Pos-traumático. O conceito de trauma como um quadro sintomático ficou mais claro com as investigações científicas desenvolvidas após a guerra de Vietnã (1960-1975). Para que haja o diagnóstico de Desordem de Estresse Pós Traumático, é necessário que a pessoa tenha experimentado presenciado ou ter sido confrontada com um ou mais acontecimentos que implicaram em: morte ameaça de morte, lesões sérias ou ameaças de integridade física, psíquica ou social.

Central de Atendimento à Mulher

Secretaria de Políticas para as Mulheres divulga dados da

– Ligue 180, confira os números:

. Foram quase 2 mil ligações diárias em 2011
. 45.953 denúncias de agressões físicas
. 17.987 relatos de violência psicológica
. 8.176 casos de violência moral
. 1.298 denúncias de violência sexual
. 1.227 casos de violência patrimonial
. 343 denúncias de cárcere privado