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quarta-feira, 30 de março de 2011

O Modelo das Espadas Mágicas Gastão Ribeiro

O Modelo das Espadas Mágicas

Uma das funções do Projeto Trauma Infantil é buscar novas técnicas de dessensibilização de traumas, com o objetivo de criar técnicas rápidas e efetivas de dessensibilização de traumas, para que mais e mais crianças sejam tratadas. A partir disto criamos um modelo funcional de atendimento usando a técnica das Espadas Mágicas.

Para isto usamos duas técnicas associadas, os sentimentos básicos e o PRI. Esta metodologia atua diretamente no sistema de energia corporal para restaurar o fluxo interrompido pelo trauma, estresse e emoções negativas.

Os sentimentos básicos buscam a junção da mente e do corpo, tem sido no usado no Projeto e Espaço Trauma para estabelecer a estratégia e o processo terapêutico. Os sentimentos básicos esta associado aos Novos Paradigmas em Psicoterapia que associam psicoterapia aos conceitos de neurociência.

Usando a associação de sentimentos básicos com as Técnicas de PRI criamos um modelo rápido que se adéqua a quase todos os tipos de traumas. Usando da dissociação que é a defesa primária de qualquer trauma montamos um procedimento de Espada Mágica para os pontos ligados as emoções, sempre deixando o ponto de trauma por último.

domingo, 20 de março de 2011

Abuso sexual e masturbação em crianças - Gastão Ribeiro

Abuso sexual e masturbação em crianças

A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância, mas é tabu em qualquer fase. Por volta dos três anos, a criança passa por mudanças significativas: deixa de usar fraldas, torna-se mais independente dos pais e descobre seu corpo. Nessa "exploração", ela se toca e acaba descobrindo o prazer que isso causa. Essa fase faz parte do desenvolvimento, assim como engatinhar, andar e falar. São os primórdios da sexualidade infantil

Existe uma masturbação que se torna compulsiva, é a esta que devemos estar atentos. Para você identificar se a criança está tendo um comportamento compulsivo, observe se além de masturbar-se ela apresenta outros sinais, como isolamento, dificuldade para participar de atividades em grupo e baixa auto-estima. Devemos então avaliar qual é a causa, pode ser uma espaço de liberar a angustia e a ansiedade ou mesmo um abuso sexual

A masturbação ligada ao abuso sexual tem que vir junto com outros indicadores como: conhecimento excessivo sobre sexualidade adulta; os desenhos trazem indicadores de um possível abuso; avaliar se o lar em que a criança vive cuida desta criança; agressividade, dificuldades com o sono; conduta sexualizada com outras crianças da mesma idade, entre outras. Neste caso avalie o possível abuso.

domingo, 13 de março de 2011

Traumas na Infância e aprendizagem - Gastão Ribeiro

Traumas na Infância e aprendizagem

A quantidade de crianças no Brasil expostas a eventos traumáticos é imensurável. Essas experiências incluem crianças que sofrem com violência doméstica, violência escolar, que sofreram abuso sexual ou físico, que testemunharam ou sofreram crimes violentos ou que foram expostas a outras violências súbitas ou inesperadas. Pelo menos metade de todas as crianças expostas a experiências traumáticas pode desenvolver uma variedade de sintomas psíquico-emocionais na adolescência e já adultos. Dependendo da gravidade, frequência, natureza e padrão do evento ou eventos traumáticos, essas crianças sofrem o risco de desenvolver profundos problemas emocionais, comportamentais, fisiológicos, cognitivos e sociais.

Quando um adulto sofre um evento traumático, o seu cérebro, maduro e desenvolvido, é capaz de criar um processo de pensamento traumático temporário para lhe ajudar a lidar com o trauma. Quando o trauma é curado, o adulto pode dissolver essa característica e retomar a um estado integrado dentro do seu cérebro maduro. Isso não acontece com crianças. Se a criança sofre um trauma enquanto o cérebro está no seu estágio de desenvolvimento, a característica traumática temporária necessária para sobreviver ao trauma será construída no cérebro como uma característica permanente. Portanto, se a criança cresce em um ambiente traumático, quanto mais ela é forçada a usar seus padrões de pensamento de trauma, mais esses padrões se tomarão embutidos nos seus processos naturais de pensamento. Crianças traumatizadas começarão a processar todos os eventos graves, com os quais não estão familiarizados como se fossem potencialmente traumas perigosos. As suas reações a eventos normais serão naturalmente excessivas, causando hiperexcitação ou sintomas e comportamentos dissociativos.

Pais, juntamente com professores de escola, administradores e outras pessoas importantes na vida da criança, geralmente, lidam sozinhos não somente com os comportamentos de mal-adaptação de crianças traumatizadas, mas também desenvolvem trauma vicariante por estar expostos diariamente aos sintomas da criança com TEPT.

Dadas as estatísticas dos traumas infantis, pais, educadores e pessoal de escolas deveriam ser educados quanto aos sintomas e efeitos de trauma, assim como métodos para lidar com o TEPT.

Além disto, a Dissociação pode provocar uma série de problemas nas funções de processamento cognitivo e mental. A Dissociação provoca uma disfunção na atenção concentrada, as pessoas perdem a habilidade em acessar novas informações, negligenciam e ignoram detalhes importantes das informações. Os sintomas parecem com o TDAH, pois afetam a memória de curto prazo e atenção. Adultos vítimas de trauma têm sido recentemente diagnosticados como tendo DDA adulto (Distúrbio de Déficit de Atenção), mas gerados por efeitos da Dissociação.

Fonte-
Gastão Ribeiro Apostila de Psicoterapia do Trauma - Módulo 2 – TFT e EFT – 2006.
Scaer, R. (2001). The Body Bears the Burden: Trauma, Dissociation and Disease, Binghampton: - The Haworth Press, 2001.
Berceli, D. Exercicio para libertação do trauma. Libertas, Recife2010.